De fato, a Bíblia publicada pelos
protestantes não contem sete livros do Antigo Testamento: Tobias, Judite,
Sabedoria, Baruc, Eclesiásticos ou Sirácida, 1º e 2º dos Macabeus, além dos
fragmentos, como Ester 10,4-16,24 e Daniel 3,24-90;13s.
O cânon (palavra derivada do
grego = catálogo) católico compreende 47 livros do Antigo Testamento, e 27
livros do Novo Testamento, o que perfaz um total de 74 livros ao todo.
Os apócrifos (livros não inspirados
por Deus), embora tenham sido, durante séculos tidos como desprezíveis
portadores de lendas, são ultimamente reconhecidos como valiosos para a
historia do Cristianismo, por referir ao modo de pensar dos judeus naquela época.
As passagens
bíblicas começaram a ser escritas esporadicamente desde os tempos anteriores a Moisés, tudo
isso sem que os judeus se preocupassem com a catalogação dos mesmos.
Todavia, no
século I da era cristã, deu-se um fato importante: começaram a aparecer os
livros cristãos (Evangelhos,...), que se apresentavam como continuação dos
livros sagrados dos judeus. Esses, porém, não tendo aceitado Cristo, trataram de
impedir que fizessem a junção dos livros judeus e livros cristãos.
Em consequência,
os judeus da Palestina fecharam seu cânon sagrado sem reconhecer livros
escritos em língua aramaica ou grega e fora da terra de Israel. Acontece que em
Alexandria, no Egito, havia uma prospera colônia judaica que, vivendo em terra
estrangeira e falando língua estrangeira (grego), não adotou esses critérios.
Podemos, dizer
então, que havia dois cânones entre os judeus no início da era cristã: o restrito, da
Palestina, e o amplo, de Alexandria.
Em meados do século
II ao IV, a Igreja estabeleceu a consciência de que o cânon do Antigo
Testamento deveria ser o de Alexandria, adotado pelos apóstolos.
No século XVI,
porem, Martinho Lutero, querendo contestar a Igreja resolveu adotar o cânon dos
judeus da Palestina. Essa razão pela qual a Bíblia dos protestantes não tem os
sete livros e os fragmentos que a Bíblia dos católicos inclui.
(Organização: Emanoeli Castilho de Oliveira - PASCOM)
(Organização: Emanoeli Castilho de Oliveira - PASCOM)
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