Este blog é um canal de evangelização e comunicação da Paróquia São Judas Tadeu da Diocese de Piracicaba -SP.

É uma nova maneira de levar Jesus Cristo às pessoas. Compartilhar experiências, ajudá-las a meditar sobre a Palavra Sagrada, ouví-las, entendê-las, compreendê-las, acolhê-las de modo particular e cristão, compartilhando suas histórias de vida na fé e na perseverança rumo à Glória Eterna.Você é uma pessoa muito importante para nós! Você é um (a) filho (a) de Deus muito amado (a)! Creia nisso!

Assim, de forma despretensiosa e humilde, este blog tem o objetivo de levar às pessoas, os ensinamentos de Jesus Cristo, propiciando o conhecimento da Verdade, do Caminho e da Vida!

Procuremo-nos espelhar em suas atitudes e ações para podermos fazer do lugar em que habitamos, mais humano.

Sinta-se em casa. Junte-se a nós para fazer deste um ambiente diferenciado.

Deus lhe abençoe!

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terça-feira, 31 de maio de 2011

DÍZIMO - Devolver a Deus parte do todo que Ele nos dá


DÍZIMO – Devolver a DEUS parte do todo que ELE nos dá.


Malaquias 3, 10 “Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência - diz o Senhor dos exércitos - e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário
Esta ordem do antigo testamento é seguida de uma promessa, promessa de benção além
do necessário. A matemática e a medida de DEUS são muito diferentes das nossas humanas, é a matemática do “é dando que se recebe”. Não é uma troca, mas a graça pela graça!
DEUS merece o nosso melhor, “Fui EU quem fez o universo, e TUDO me pertence, declara O SENHOR”  (Is 66, 2)  Tudo pertence a DEUS! ELE fez tudo! Para nós!
Já o novo testamento, nos é feito um convite ao despojamento e a espontaneidade: DEUS ama quem dá com alegria.
“Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria  (IICor. 9, 7)
O artigo §2043 do Catecismo da Igreja Católica relata: O quinto mandamento da Igreja "Ajudar a Igreja em suas necessidades" recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades.
Para nós, o Dízimo foi algo DIVINO que nasceu no nosso coração, e acredite, foi na época mais difícil da nossa vida, financeiramente falando. Eu digo do coração, pois pela razão nós não seriamos capaz de ter dado este passo, uma vez que vivemos a cultura do egoísmo, que pesa tão forte nos tempos atuais.
Temos experimentado as promessas de DEUS por meio do compromisso que assumimos com o Dízimo, tanto a promessa das bênçãos além do necessário do profeta Malaquias, quanto sentir o Amor de DEUS em nossa vida, e em nossa casa como nos diz Paulo (IICor. 9, 7) DEUS ama quem dá com alegria.

A Brancaglion/ Valdemir 
Maria Filomena I Brancaglion







ACÓLITAS - TESTEMUNHO


Acólitas

Após receber a incrível notícia de que meninas poderiam participar do acolitato na paróquia, logo me entusiasmei, porque sempre quis participar da missa de uma forma mais ativa.

Estar no presbitério não é algo tão simples assim e exige uma postura respeitosa, muita concentração, responsabilidade de ser um exemplo, além de ter a consciência de que nossa principal função é servir ao altar de Deus e a Igreja. 

Antes de aceitar o convite para ser acólita, várias dúvidas apareceram, alguns medos se explicitaram e sentimentos que estavam me inibindo, afloraram. Graças a Deus, após aceitá-lo, consegui superar essas barreiras que estavam dentro de mim, o que me trouxe crescimento pessoal, maturidade e um maior equilíbrio na vida.

Nunca estive tão envolvida com a Igreja como no ano passado e neste. Tudo ocorreu devido à Crisma, pois colaboramos com os vicentinos mensalmente; participo da Equipe de Liturgia quinzenalmente e agora faço parte da Equipe dos Acólitos. Hoje vejo o quão importante é a vida dentro de uma comunidade paroquial, onde todos temos um ideal em comum: a caminhada ao encontro de Deus.

E a todos os paroquianos que têm dúvidas sobre aceitar um convite para participar de algum trabalho dentro da Igreja, digam sim, pois acredito que são experiências como essa que nos fazem crescer espiritualmente e aproximar-nos de Deus. No dia em que fomos instituídas percebi, que se tivesse negado esse chamado, teria me arrependido com toda a certeza, pois naquele momento senti uma alegria que me preenchia completamente. Eu me senti próxima a Deus, de modo que parecia que a Igreja era também minha casa.
Giovanna Souza

MINHA DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - TESTEMUNHO


Minha devoção ao Sagrado Coração de Jesus


(Testemunho da paroquiana  Silvana Montebelli)


            A minha admiração pelo Apostolado da Oração é antiga. O início se deu quando comecei andar de carrinho.
            Tenho por costume passar na igreja. Foi  assim que conheci e  gostava muito de ver a dona Maria Gibelli, já falecida, cantar “Coração Santo”.
            Naquela época, era lindo e comecei a perceber que as pessoas vão morrendo e não há uma renovação de pessoas. Foi  daí que resolvi entrar no Apostolado da Oração pois  gosto muito de rezar.
            Reza-se pelas vocações na primeira sexta-feira do mês e o terço na última sexta-feira. 
            A minha fé só tem aumentado e se assim não fosse, não resistiria a tantos problemas pelos quais tenho passado.



HISTÓRIA DA CONFECÇÃO DO TAPETE DE “CORPUS CHRISTI”

                        Na paróquia de Saint Martin em Liège, Bélgica, em 1230, quando começou as homenagens ao Santíssimo Sacramento a procissão eucarística acontecia só dentro da igreja. Em 1247, aconteceu a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.
            Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.

         Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzido na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, o santíssimo seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos.
            Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidades. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo.

            No dia dedicado ao Corpo de Deus (Corpus Christi), várias cidades brasileiras, organizam procissões, que percorrem as ruas enfeitadas com tapetes. A confecção de tapetes de rua é uma magnífica manifestação de arte popular.

            Utilizando diversos tipos de materiais, como serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas, flores e folhas, as pessoas montam, com grande arte, um tapete pelas ruas, formando desenhos relacionados ao Santíssimo.
            Por este tapete passa a procissão, o sacerdote vai á frente carregando o ostensório e em seguida pelas pessoas que participam da festa. Tudo isto tem muito sentido e deve ser preservado.

 Fonte: gentedefe.com 


COMO DISCERNIR A VONTADE DE DEUS - Pe. Luiz Carlos Emílio de Oliveira


COMO DISCERNIR A VONTADE DE DEUS

                Muitas pessoas se questionam: O que estou fazendo? Ou, a decisão que tomei é a vontade de Deus? Apesar de ser um tema complexo, quero dar-lhes umas pistas para se ter um bom discernimento sobre a vontade de Deus.

1.       Convicção interior

                O Padre Cabarrús (Carlos Rafael Cabarrús) define o discernimento como a “ousadia de deixar-se levar” por Deus por caminhos que muitas vezes a razão pode perceber e garantir segurança, por onde não se vê, por onde se é levado.
                É comum ouvir a frase: “Eu estou tendo a intuição de ...”  Esta intuição é a convicção interior. O Espírito Santo ilumina o nosso interior. É de suma importância termos um espírito elevado, ou seja, desenvolver a nossa comunhão com Deus para ouvir a sua voz.

2.       Paz de Deus

                A paz é o árbitro, pois, quando tudo está fluindo conforme o propósito de Deus, há uma paz interior. Quando perdemos a paz é sinal que algo está errado, e ter a serenidade para descobrir onde ocorreu o erro.

3.       Palavra de Deus

                A Bíblia é a fonte mais segura e mais simples. Muitas vezes agimos pelos sentimentos e emoções e tomamos decisões erradas. As decisões têm que ser submetidas ao julgamento da Palavra de Deus.

4.       Aconselhamento

                Quando estamos com dificuldades de discernir algo, procuremos ajuda ou aconselhamento à Igreja ou uma pessoa madura e experiente, se houver uma resposta de paz, então pode estar certo que está no caminho correto (Pv 11, 4).

                Irmãos, discernir é fazer uma escolha e acolher e comprometer-se com esta escolha. A nossa vida é baseada em decisões e escolhas. Se tivermos perdas nas nossas escolhas, servirá para o nosso amadurecimento.

Pe. Luis Carlos Emílio de Oliveira
Vigário Paroquial

PALAVRA DO PÁROCO - MÊS DE JUNHO



Paz e Bem!
Pe. Alcides

Estamos quase terminando o tempo pascal que consta de seis semanas. Neste mês tão especial em que celebramos Maria a Mãe de Jesus, foi também um mês muito fértil no que diz respeito à Páscoa, ou ao retorno à vida.
Após a sexta semana da Páscoa teremos a solenidade da Ascensão do Senhor e a Solenidade de Pentecostes. Estas duas solenidades encerram, por assim dizer, o tempo Pascal.
A Ascensão do Senhor trata-se da subida de Jesus ao céu, após passar algum tempo com seus discípulos orientando-os em como deveriam agir na pregação do Evangelho: a Boa Nova. Com a subida de Jesus ao céu, inicia uma nova fase para a Igreja, isto é, entra em ação a terceira pessoa da Santíssima Trindade: o Espírito Santo.
Nesta Solenidade podemos perceber nitidamente a ação santificadora do Espírito Santo sobre todos nós. São três pessoas distintas, mas que possuem um amor tão grande que se tornam uma só. O Pai Criador, o Filho Redentor e o Espírito Santo Santificador.
Após a ascensão de Jesus, a Igreja começa a se organizar estruturalmente e neste momento a ação do Espírito Santo tornou-se e ainda se torna fundamental. Agora sem a presença física de Jesus, mas apenas na Eucaristia, os apóstolos, ungidos pelo Espírito Santo, começam a exercer o ministério dado a eles pelo próprio Jesus. Pela ação do Espírito Santo, pessoas são curadas, cegos voltam a enxergar, mudos falam e mortos ressuscitam pelas mãos dos Apóstolos e discípulos de Cristo.
A Igreja começa a crescer e se fortalecer como uma semente de mostarda. Com a força e a graça do Espírito Santo eles são capazes de enfrentar até a própria morte pelo nome de Jesus e seu Evangelho.
Para nós que vivemos essa realidade 2000 anos depois fica a certeza que esse mesmo Espírito Santo continua a agir em nós.
Somo convidados a experienciar essa ação santificadora em nossa vida. Mas para que isso aconteça, torna-se necessário uma abertura de coração para acolhermos essa graça que nos é tão cara.
Desejo a todos, que o Espírito Santo de Deus faça morada em vossos corações e que a graça santificadora nos torne homens e mulheres de boa vontade e principalmente, engajados no serviço de Deus para a santificação de nossas almas.
Que Deus abençoe a todos!

                                                     Pe. Alcides Ribeiro Filho, O. Praem.

PALAVRA DE VIDA - MÊS DE JUNHO DE 2.011 - Chiara Lubich

"Não se conformar-se com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeita". Rm 12, 2
Esta palavra de vida é encontrada na segunda parte da carta de São Paulo aos Romanos. O apóstolo está descrevendo as ações de um cristão como a expressão da vida nova - o amor real, a verdadeira alegria ea verdadeira liberdade - que Deus nos deu. É a vida cristã entendida como uma nova forma de encarar as diversas situações e problemas encontrados no cotidiano com a luz ea força do Santo Spirit.In este versículo, que está intimamente ligado ao anterior, o apóstolo descreve o objetivo e atitude subjacente que deve caracterizar o nosso comportamento, ou seja, fazer da nossa vida um cântico de louvor a Deus, um ato de amor realizado ao longo do tempo, na busca incessante de sua vontade, do que é mais agradável para ele.


"Não se conformar-se com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeita".

É evidente, claro, que para cumprir a vontade de Deus, precisamos conhecê-la. infere Saint Paul, no entanto, que nem sempre é fácil. Não é possível compreender completamente a vontade de Deus, sem uma visão especial para nos ajudar a discernir o que Deus quer de nós e evitar as ilusões e erros que poderiam facilmente cair into.This dom particular do Espírito Santo é chamado de "discernimento". É indispensável para nós, se quiser adquirir uma mentalidade cristã autêntica.

"Não se conformar-se com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeita".

Como podemos adquirir e permitir que este importante dom de amadurecer em nós? Sem dúvida, precisamos de saber os princípios de nossa fé também. Mas isso não é suficiente. São Paulo afirma que está acima de tudo uma questão de vida de uma determinada maneira, ou seja, é uma questão de generosidade, de determinação, de viver as Escrituras, porque isso implica deixar de lado os medos, incertezas e mediocridade. É uma questão de disponibilidade e prontidão para realizar a vontade de Deus. Esta é a maneira de adquirir a luz do Espírito Santo e atingir a nova mentalidade nos pediu aqui.


"Não se conformar-se com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeita".


Como podemos então viver a palavra deste mês de vida? Ao tentar merecer essa luz que é tão necessário para a realização da vontade de Deus well.Let-nos a resolver, então, a conhecer a sua vontade, expressa em sua Palavra, nos ensinamentos da Igreja, os deveres exigidos pelo nosso estado de vida e assim on.Let nos lembrar, no entanto, a grande importância de viver a nossa fé. Como acabámos de ver, a verdadeira luz vem da vida como deveríamos e de amar. Jesus se manifesta para aqueles que o amam, colocando em prática os seus mandamentos (cf. Jo 14:21). Nós, então, ser capaz de fazer a vontade de Deus e, ao fazê-lo, oferecer-lhe o dom mais belo que podemos. Será agradável para ele, não só por causa do amor que exprime, mas também porque ele vai se espalhar em torno de nós muita luz e um espírito de renovação cristã.


Chiara Lubich
Focolares Palavra de Junho de Vida 2011
Cada mês uma frase Escritura é oferecido como um guia e inspiração para a vida diária. Este comentário, traduzido para 96 ​​línguas e dialetos diferentes, chega a vários milhões de pessoas em todo o mundo através da imprensa, rádio, televisão e Internet. Todos os meses desde o início dos Focolares, Chiara Lubich, fundadora (1920-2008) escreveu o seu comentários. Este foi publicado originalmente em agosto de 1993. 


Obs.: Transcrevemos aqui essas sábias palavras de Chiara Lubich ("in memorian") porque é um alimento precioso e rico para alimentarmos nossa espiritualidade cristã.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

MATERIAIS PARA A CONFECÇÃO DOS TAPETES DE "CORPUS CHRISTI"


Caríssimos (as) paroquianos (as), estamos precisando  de sua colaboração para a confecção dos tapetes de Corpus-Christi, com os seguintes materiais:
1) tampinha de cerveja; 
2) tampinha de garrafa PET 
3)  borra de café sem açúcar e seco.

Sua ajuda, seja no fornecimento da matéria-prima, como na confecção dos tapetes, é muito importante para nós. Afinal, somos Igreja! Agradecemos de coração!
Deus lhes abênçõem!

REFORMA DA ESCOLA PAROQUIAL


A reforma do telhado da Escola Paroquial está indo bem, muita coisa está sendo trocada, inclusive o encanamento e a caixa d'água que são muito antigos. A nova campanha para arrecadar o valor que falta para terminar a obra lançada semana passada está caminhando. Nas portas de saída da Igreja, quem desejar contribuir, pode levar o nº da conta para depósito de qualquer quantia. Também os papeizinhos com o nº da conta estão nos balcões de informações e do dízimo. O depósito de qualquer valor pode ser feito nos bancos, casas lotéricas, correspondentes bancários ou mesmo aqui na Igreja, anotar no verso do comprovante do depósito seu nome, RG, endereço e telefone, que no final da Campanha, no dia 28 de Agosto, na missa das 19h00 de domingo, será sorteada uma TV LCD de 32". Se o depósito for feito na Caixa ou nas Lotéricas, certifique-se com o atendente se aparece o nome da Igreja - Diocese de Piracicaba - Paróquia São Judas, para que o valor não vá para conta de outra pessoa.
Agradecemos a todas as pessoas que tem colaborado, nosso muito obrigado!!!

SORTEIO


A Pastoral da Comunicação vai sortear um bolo para um leitor do Informativo no dia 12/06. O cupom está inserido no informativo do mês de maio que foi entregue semana retrasada.

sábado, 28 de maio de 2011

CELIBATO - Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior

O CELIBATO - O sacerdote e o profeta cambaleiam embriagados, tontos de vinho, a vista embaralhada no momento das visões. As mesas estão cheias de vômito [cena típica de uma embriaguez coletiva]). É só lei e mais lei. (Is 28, 7ss). Aquilo que Deus pede de nós se torna uma língua estrangeira se estamos embriagados. 

Por que tomei este versículo? Porque é justamente este o problema do celibato na Igreja. Muitos falam de crise de vocações e dizem: ""A falta de vocações é um problema, porque a Igreja de Roma, o bispo de Roma, que é um usurpador dos direitos das dioceses, das Igrejas Particulares, ele quer impor a todos o celibato. 

Existem alguns padres no Brasil, e não estou dizendo uma teoria, estou denunciando uma realidade da Igreja do Brasil – que dizem assim: "Se o Papa quer o celibato, que ele viva! Nós não queremos! Queremos a liberdade do celibato, e já que o Papa não libera o celibato, nós vamos liberar na prática. "O Papa é um velho de 80 anos, mas nós somos jovens, queremos viver o amor livre."   Isto já é um movimento dentro da Igreja do Brasil. Não pensem bondosamente que esta mentalidade é uma luta pelo padre casado. O casamento supõe castidade cristã, supõe fidelidade, e isto também é complicado. Achamos que castidade é difícil só para quem é celibatário. Não, castidade é desafio para todos, também para quem é casado.

Muitos jovens me dizem: "Não sei como você agüenta o celibato", e eu respondo: "Não sei como você agüenta a castidade no casamento, pois ela é dura e difícil." Existe um movimento ideológico, sem nome, sem partido, sem registro no cartório, mas está aí este movimento que quer acabar com o celibato na prática. E digo isto sem medo de errar, e para abrir os olhos de muitos de vocês.

Esta realidade é a fumaça do demônio dentro da Igreja Católica do Brasil. E então se diz: "Faltam padres por causa do celibato, por causa desta cruz pesada que o Bispo de Roma impõe aos padres do Ocidente." 
O que falta não são vocações, o que falta é fé. A crise na Igreja Católica, de modo especialíssimo, a crise da Igreja Católica no Brasil, é uma crise de fé. As pessoas não acreditam mais. Por que crise de fé? Preciso dizer bem claro: porque  o celibato é um carisma e fica muito difícil entender um carisma se não tenho fé. Por exemplo, é difícil acreditar que o dom de línguas é um dom de Deus se você não tem fé. Torna-se um negócio ridículo pura e simplesmente. Se Deus não age, se não é ação de Deus, como é que algo vai ser carisma, como é que vamos acreditar no dom de cura, nos milagres, no dom de profecia, no dom de palavra de Sabedoria. Como vamos acreditar em um carisma se não temos fé? A mesma coisa acontece com o celibato. O que falta é a fé!

É na falta de fé que está a raiz do problema. Que falta de fé é esta? Fé em que? Fé em acreditar que a proposta do Evangelho é caminho de felicidade!  Bismarck, famoso ditador da Alemanha, dizia que uma mentira dita um milhão de vezes, torna-se verdade. É assim na cabeça do povo, especialmente do povo brasileiro. A mentira dita um milhão de vezes é a seguinte: Ninguém é feliz sem sexo! Portanto, o sexo tornou-se um valor absoluto, ele traz a felicidade, em si mesmo! Em palavras mais claras: o sexo tornou-se Deus. Pois, uma coisa que em si  mesma traz a felicidade é Deus, não é? Na  realidade, muitos têm um outro Deus, um Deus que não é Deus – o Deus do sexo. É necessário que voltemos à fé do evangelho, que acreditemos realmente naquilo que o Senhor nos propõe – a castidade cristã, o celibato.
Como vamos chegar a isto? Apontamos até agora o problema, precisamos então resolvê-lo. Este problema precisa ser resolvido primeiro dentro da gente, para que possamos também pregar isto. Um padre que não acredita na felicidade do seu celibato, será um padre que não empolga ninguém.  Ninguém se empolgará com um padre cabisbaixo, entristecido – "Infelizmente não tenho mulher, fazer o que!" Onde é que está a felicidade, a beleza do celibato? 
Num primeiro momento, precisamos ver a beleza da sexualidade humana. O nosso tempo perdeu a noção de beleza da sexualidade. Não temos mais noção da beleza, pois o belo é algo gratuito, é inútil. Nós, por outro lado, estamos em uma sociedade onde o que vale é o que é útil, então, claro, o que é belo não tem utilidade. Fizemos uma reforma no seminário de Cuiabá, construímos uma capela bonita. Quantos padres entraram lá e disseram:  "Pra quê você gastou tudo isso?"  Por que realmente é inútil, o belo é inútil, e por isso, está desaparecendo! Ninguém se preocupa com o belo. 
Se há alguma preocupação, é pelo seu próprio belo, numa visão narcisita – Eu preciso ser bonito. Produzir a mim mesmo. 
Existe uma beleza em ser como Jesus e ser e sonhar como Jesus é. Existe uma beleza na sexualidade que Deus nos deu. Se queremos a beleza de ser como Jesus, precisamos entender primeiro a beleza da sexualidade humana. A sexualidade humana é uma obra de arte, uma maravilha. E este é o primeiro passo que precisamos dar como celibatários ou futuro celibatários:

1º) Eu preciso arrancar o sexo das mãos do demônio e colocá-lo nas mãos de Deus – Pois, de tanto ver o sexo negativamente, muitas vezes, vemos o sexo como coisa do demônio. É como se Deus tivesse criado o homem assexuado e o demônio foi e criou o sexo. Mas o sexo é criação de Deus, portanto, é uma beleza. Como padres celibatários, precisamos saber cantar a beleza da sexualidade humana: o sexo é bonito, é maravilhoso, é um presente de Deus. Que, infelizmente, como tudo o que faz o demônio invejoso, ele pega o que é de Deus e perverte. O sexo foi feito para ser vivido no  amor de total doação de um homem por uma


mulher e de uma mulher por um homem, para que os dois dêem origem à vida. Meu próprio corpo fala isso. O corpo humano é um sacramento que me indica. O sexo fala de mim, da minha pessoa. O sexo fala de onde eu venho e para onde eu vou. De onde eu venho? De uma doação mútua de um homem e de uma mulher. Eu mesmo sou um presente. Um presente que foi me dado por Deus. Que eu mesmo recebo, eu me recebo como presente de Deus. A sexualidade humana me fala deste dom gratuito, aleatório, parece louco, caótico, mas não é um mero acaso, é a vontade divina. A união de um homem e de uma mulher me fez puro dom e presente de Deus. O sexo fala da minha origem: eu não me mereci, não me planejei, nem meus, nem meus pais me planejaram, eles nos receberam. O meu corpo não só fala da minha origem mas fala para onde vou? Qual é o meu destino. Meu corpo fala-me que nasci para amar. É aqui que vem outra verdade importante: é necessário que saibamos que fomos feitos para ter uma relação sexual com uma mulher. Parece bobagem  dizer isto, mas muitos não se dão conta disso. Muitos pensam que celibato é solteirice, ou seja, sou solteiro para o resto da vida. Mas o celibatário não é um solteiro. Um solteiro é alguém que aguarda o encontro da pessoa para a qual ele vai se doar, no amor do matrimônio. O celibatário é outra coisa. É importante que saibamos que cada célula de nosso corpo, tudo aquilo que somos, o nosso corpo nos diz que fomos feitos para nos entregarmos a uma mulher. Só este pequeno capítulo aqui é uma cura interior, que deve ser muito bem trabalhado, em oração de cura interior, para aqueles que, possivelmente, não aqui, na lua, para aqueles que tenham alguma tendência homossexual, mas não aqui, na lua – aqui não tem ninguém. O fato de termos nascido para nos entregar a uma mulher é uma verdade de Deus, esta é a verdade a meu respeito. Não existe esta mentira de que é questão de opção sexual – "Ah não, eu opto! Como posso escolher entre o sorvete de morango ou de chocolate, eu opto entre ter sexo com um homem ou uma mulher! "Esta é uma mentira que qualquer manual de biologia da oitava série pode desmentir. Porque você estuda aparelho reprodutor em um capítulo e aquilo significa reprodução. E não adianta fazer raciocínios mil – a verdade de Deus é esta! É a verdade escrita por Deus em nosso corpo. O meu corpo fala de mim. Se Deus quer de mim o celibato, aqui se supõe um carisma, uma graça. É por isso que ninguém acredita no celibato. Por quê? Porque se não houver intervenção de Deus, não tem sentido. E agora eu pergunto: "Esta sociedade que está aí fora e até mesmo muitos padres, acreditam que Deus age em nossas vidas? Estou convidando vocês para que entrem em uma visão de mundo diferente. Apaga da sua cabeça o que você recebeu de errado de uma sociedade pagã e ponha agora a verdade cristã em sua cabeça e em seu coração. A verdade cristã é a seguinte: Deus age, Deus está presente em nossa história, Deus intervém, não necessariamente milagrosamente, mas intervém sobrenaturalmente sempre. Tomamos café da manhã, agradecemos a Deus pela comida, mas, não aconteceu nenhum milagre. Deus não proviu miraculosamente o alimento. Nesta realidade perfeitamente natural, você enxerga uma intervenção divina, por que você tem fé. Quem não tem fé, come de qualquer jeito. É maravilhoso enxergar a ação de Deus nas coisas mais corriqueiras e banais. Temos que agradecer a Deus por tudo aquilo que nos dá e também por aquilo que Ele nos nega. Quando diz não, é porque ama você. Agradeça a Deus também por aquilo que ele nunca te deu. Temos que entrar em uma outra visão do mundo, ver Deus que está ao nosso  lado (Emanuel – Deus conosco) – este é o mistério que celebramos no 
Natal.  Deus está conosco, caminha junto  conosco. Não é o grande arquiteto que criou o mundo e largou-o. Se você existe agora, é porque Deus está sustentando você no ser. manual de biologia da oitava série pode desmentir. Por que você estuda aparelho reprodutor em um capítulo e aquilo significa reprodução. E não adianta fazer raciocínios mil – a verdade de Deus é esta! É a verdade escrita por Deus em nosso corpo. O meu corpo fala de mim.
Se Deus quer de mim o celibato, aqui se supõe um carisma, uma graça. É por isso que ninguém acredita no celibato. Por quê? Porque se não houver intervenção de Deus, não tem sentido. E agora eu pergunto: "Esta sociedade que está aí fora e até mesmo muitos padres, acreditam que Deus age em nossas vidas?" Estou convidando vocês para que entrem em uma visão de mundo diferente. Apaga da sua cabeça o que você recebeu de errado de uma sociedade pagã e ponha agora a verdade cristã em sua cabeça e em seu coração. A verdade cristã é a seguinte: Deus age, Deus está presente em nossa história, Deus intervém, não necessariamente milagrosamente, mas intervém sobrenaturalmente sempre. Tomamos café da manhã, agradecemos a Deus pela comida, mas, não aconteceu nenhum milagre. Deus não proviu miraculosamente o alimento. 
Nesta realidade perfeitamente natural, você enxerga uma intervenção divina, por que você tem 
fé. Quem não tem fé, come de qualquer jeito. É maravilhoso enxergar a ação de Deus nas 
coisas mais corriqueiras e banais. Temos que agradecer a Deus por tudo aquilo que nos dá e 
também por aquilo que ele nos nega. Quando diz não é por que ama você. Agradeça a Deus 
também por aquilo que ele nunca te deu. Temos que entrar em uma outra visão do mundo, ver Deus que está ao nosso lado Emanuel – Deus conosco – este é o mistério que celebramos no 
Natal.  Deus está conosco, caminha junto  conosco. Não é o grande arquiteto que criou o mundo e largou-o. Se você existe agora, é porque Deus está sustentando você no ser. Se Ele tira a mão, você cai no nada. O próprio fato de você existir é plena atestação e testemunho da fidelidade de Deus. Não somos seres autônomos, somos seres recebidos. Deus sustenta o mundo no ser. E isto é importantíssimo em nossa espiritualidade – ele intervém em cada momento, em cada segundo para que você exista. É intervenção divina. Aquilo que nós 
chamamos de lei da natureza na teologia chamamos de fidelidade de Deus. Lei da natureza: 
nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Lei da teologia: uma vez criado, Deus não 
volta atrás, ele não se arrepende, pois ele é fiel. O celibato é intervenção divina. Por isso, é 
muito claro e evidente que em uma sociedade e em uma Igreja em crise, onde as pessoas já não 
acreditam mais, é óbvio que o celibato não faz sentido. Claro, eles olham a natureza das coisas, 
o homem foi feito para a mulher e vice-versa, e pronto. E ficam nessa realidade, na realidade 
puramente física, não olhando na realidade da intervenção de Deus. O trecho de Isaías que eu 
citava no início, expressa a realidade de muitos padres que na hora da visão, têm as vistas 
cansadas, não enxergam as coisas como Deus as enxerga e como a Igreja nos ensina. Por isso o 
primeiro passo deve ser um ato de fé.  

2º  O celibato é um carisma, intervenção de Deus. Então, o celibatário não é 
alguém que abomina o sexo, mas alguém que ao celebrar o sexo e perceber que o sexo é algo 
tão maravilhoso e tão bonito, é capaz de entregá-lo para Deus. Entregar a sexualidade bela para Deus. E como vamos entregar? Isto é carisma, é Dom de Deus! Pois é Ele que nos dá a capacidade de amar. Se existe alguém que ama na face da terra, é porque o Espírito Santo nos deu este presente.

3º - Eu sou um dom recebido, pronto para ser doado - Isto quer dizer que somos 
filhos. O filho é aquele que se recebe. Eu não me fiz. Não sou um cogumelo que brota na 
grama sem pai nem mãe. Me recebi como dom  e como presente. Desta verdade tenho a lei 
fundamental de capacitação para a castidade cristã e para o celibato. A lei fundamental é a 
seguinte: só é celibatário quem sabe que é amado e sabe que é capaz de amar. Temos 
então dois grandes entraves, dois grandes problemas em nossos seminários – muitas vezes por 
um ou por outro problema, ou pelos dois problemas, o seminarista não é capaz de amar, não é celibatário. O seminarista não se ama, não enxerga que recebeu amor e então, não é capaz de amar. O que é o amor? É a doação de si! Ou seja, eu sei que alguém se entregou por mim, eu sei que alguém me amou, sei que sou amado. Dizer que somos amados significa que alguém se entregou por mim, alguém se destruiu para que eu fosse. Alguém entregou algo de si ou todo o seu ser para que eu fosse. E a grande verdade é esta: nós somos amados primeiramente, especialmente, por Deus! Deus se entregou por mim, portanto, se não há esta verdade em minha vida, eu não serei celibatário. Um padre  frustrado, que não se sente amado, pode ser 
casto como um anjo, mas isto não é verdadeira castidade. Pode ser puro, sem sexo, mas não é celibatário. A cadeira na qual vocês estão sentados, também é pura e sem sexo, mas não é celibatária. Por quê? Porque ela não sabe que é amada! O celibato é uma realidade de amor: "Eu sou amado e por isso também amo!"Que coisa extraordinária que eu exista! Que coisa extraordinária que Deus tenha me escolhido, que eu tenha nascido! E quanto menos dotado, bonito, inteligente você for, mais está clara a predileção de Deus! Um testemunho: "Eu antigamente, me odiava, não gostava de mim mesmo! Desde os 12 anos de idade, pus na 
cabeça que queria ser padre. Já pensava isto antes, mas só aos doze anos as coisas se definiram. A coisa para mim estava certa. Tive mudanças quanto a conversão, o que é diferente. Vocação não significa necessariamente conversão. Tem muito padre que necessita de conversão. Eu não gostava de mim mesmo! Sempre fui assim: 1,84, magro, como sou hoje! Imagine só: com quinze anos de idade já tinha esta altura! Era muito magro, mais magro do que sou hoje! uando fui para Roma, engordei quase 20 quilos. Imagine como eu era magro! Pois bem, eu andava sempre de social, camisa de manga comprida, alguém me perguntava: "Por que você anda assim?!" Respondia: "Eu vou ser padre!" Então eu já era padrequinho desde os 12 anos de idade. Desculpava-me Desculpava-me dizendo: "Pudor eclesiástico, compostura eclesiástica." Que nada, eu tinha era vergonha do meu corpo. Usava manga comprida porque achava meu braço horroroso, magrelo. Depois veio a adolescência, começou a ficar cabeludo, parecia que eu era o elo perdido entre o homem e o 
macaco. Um palito seco e cabeludo – que coisa linda! Na casa de meus pais tinha piscina, mas era preciso pagar um alto salário para eu entrar na piscina: Eu não entro na piscina, vou ser padre! Que nada, eu tinha era vergonha de tirar a camisa. Tinha vergonha de aparecer sem camisa. Depois começou o cabelo a cair... e testa avantajada, sinal de grande inteligência. Fui dotado também de orelhas discretas, dentes charmosos, além de ter este tórax imenso, de nadador da seleção brasileira. Era uma tragédia. Eu definitivamente não me amava. Então, o que é que eu fiz: mergulhei nos estudos. Pelos menos no que dizia respeito a roupa bonita e notas, ninguém poderia dizer que eu era feio. Tinha nota boa, era elegante. Tudo bem! Eu me amava assim! 
Até que finalmente, Deus é Deus, e Ele foi mostrando o seu amor por mim. O que me levou a ver o amor de Deus: um pensamento muito simples. Gostava muito de matemática, e comecei a calcular a probabilidade de nascer um outro filho de meu pai e de minha mãe que fosse muito mais bonito do que eu. E esta probabilidade não era muito distante. Minhas irmãs são as duas muito bonitas, de feioso na família só saí eu. Quem as conhece, logo pergunta: – "São irmãs?" Olha para mim, olha para elas e diz:  "Não acredito!" Eu pensei – quantos homens mais bonitos do que eu poderiam ter nascido do meu pai e de minha mãe. Chutando por baixo, 1 bilhão! Pois bem, imagine um exército imenso, os mais bonitos na frente, Deus se reúne e escolhe a mim. E Deus diz: "O feioso e orelhudo ali no fundo!" Quem eu? É você! Você que irá nascer! Os outros mais bonitos, hábeis, inteligentes, não irão nascer, pois foi a mim que ele amou, ele me 
quis. E foi isto que me salvou! Hoje tiro a camisa, faço festa, e não há problemas! Não tenho mais complexo com relação ao meu corpo. Podemos pensar outras dez mil coisas, mas é importantíssimo que você saiba que Deus amou você se quer realmente ser celibatário. Se receba como presente – Ele me quis! 

Como é que eu sei que posso amar? Aqui, temos o dom, a graça, o privilégio do Espírito Santo. É um dom infinito de Deus quando um homem aprende a amar. Só as pessoas humanas amam. Amar quer dizer renunciar para que o outro seja feliz! E existe aqui o fundamento da nossa liberdade: “O homem é livre na medida em que não depende de nada, e de ninguém, mas apenas daquilo que ama!” (Amedeo Cencini). A consequência lógica é ao contrário: O homem é escravo quando depende daquilo que não pode e não deve amar! Ou porque aquilo não é digno de ser amado, ou porque a sua identidade não está ali. Eu nasci para amar alguém. E quando começo a amar coisas que eu não deveria amar, perco a minha liberdade, a minha identidade. Esta definição  de liberdade é de uma verdade psicológica, teológica, filosófica, espiritual, que merece o prêmio Nobel de filosofia, se existisse. Se você é livre é porque você não depende de nada, nem de ninguém, a não ser daquilo que você ama. Eu amo a Deus. Se você ama a Deus, ou você está aprendendo amar Deus, ou você deseja amar Deus, pois bem, dependa só dele, não dependa de mais nada. Seja livre! É neste ponto que se revela diante de nossos olhos a maravilha do celibato. O celibato não é uma lei, como diz Isaías: lei mais lei. O celibato não é questão de lei, é liberdade. É a liberdade que a Igreja concede aos padres. Liberdade maravilhosa, de  só depender daquele que eu amo, e de mais ninguém. Se você nasceu para amar uma mulher e para se entregar a ela, porque esta é a vocação de Deus, e este é o carisma do matrimônio, que Deus te dá, então você casa, se entrega àquela mulher, e fazendo isto você está também amando a Deus, pois está obedecendo a Ele. Mas nós padres somos chamados a ser livres totalmente, e isto quer dizer amar somente a Deus e ser livre com relação a tudo o mais. É o espaço da liberdade que se abre diante de nossos olhos. Porém, temos que lembrar que este celibato é humano. Você é capaz de amar.Vemos que somos capazes de amar por que isto  nos atrai, porque vemos esta capacidade dentro da gente. Que maravilha poder amar, poder me doar, me derramar de amor! Este é um dom extraordinário de Deus. 
Precisamos agora, depois de ter colocado fundamentos teológicos e psicológicos para o celibato, passar para a parte prática. É preciso que tudo isto se transforme em vida. Não existe muita mágica, mas existe vida! Não é mágica ser celibatário. Existe uma realidade importante: nós não inventamos o celibato. Você não precisa experimentar tudo para o celibato dar certo. Existe uma tradição bonita e antiga dentro da Igreja que nos ensina a ser celibatários. Uma das coisas maravilhosas do Concílio Vaticano II e da Renovação Carismática é o retornar às fontes, às origens, nos padres da Igreja. Nada é mais em sintonia com a Renovação Carismática do que cultivar uma espiritualidade dos Padres da Igreja. Uma dica: a Renovação Carismática tem no mundo duas correntes teológicas: a corrente americana, que é a original, e que a meu ver não é a melhor. A sociedade americana é muito embebida pela mentalidade evangélica, protestante. Eles pensam muito como os protestantes. Infelizmente são estes os livros mais traduzidos, lidos, decorados, aqui no Brasil. 
Mas existe uma outra corrente teológica na Renovação Carismática que é a Europeia, de grandes nomes, infelizmente não muito conhecidos no Brasil, o mais conhecido de todos no Brasil é o Padre Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, que por acaso é patrólogo. E vocês conheceram o ano passado mais um: Daniel Ange. Se você lê os livros dele, verá que é Padre da Igreja do início ao fim. Ele é embebido em Patrologia. Em espiritualidade da Igreja antiga. E isto é muito conforme ao espírito fundacional da Renovação Carismática, pois a Renovação quer ser um renovar da Igreja através de suas fontes, de suas origens. Só que a Igreja em suas fontes, não era protestante, era católica. Tinha santos Padres, teólogos, autores espirituais importantíssimos. Existem muitos patrólogos famosos que são da Renovação Carismática. 

Um deles é o próprio Cardeal de Viena, Christoph von Schönborn, é especializado em Patrística e é da Renovação Carismática. É o meu candidato a Papa. Ele é muito ligado à Renovação e é muito voltado para a Patrística, especializado em espiritualidade do oriente cristão, S. Máximo Confessor. Se fôssemos um pouco mais estudiosos teríamos acesso a estes grandes teólogos. É muito mais fácil ler um livrinho aí com versículos bíblicos um atrás do outro. Tá bom! Se vamos na solidez da tradição católica, alcançamos muito mais. A Renovação nasceu nos Estados Unidos mas se solidificou na Igreja  Católica por causa do esforço destes teólogos europeus. Nós não estamos inventando o celibato, já existe uma tradição da Igreja, temos de olhar para os Padres da Igreja, que nos ensinam a viver o celibato! Temos de olhar para uma tradição de 2000 anos. Não para uma tradição de 30 anos. Se não olharmos para a tradição do como se vive o celibato, estamos arriscando a dar com a cabeça na parede o tempo todo! Não podemos inventar o celibato, temos de recebê-lo da tradição. O celibato está ligado ao amor, está ligado à nossa capacidade de desejar, de desejo. E aí vem o grande problema para nós, geração dos anos 90, a now generation, geração do agora, tudo tem que ser agora. Esta geração precisa ser curada em sua capacidade de desejar. Porque esta é uma lei psicológica: "Se você faz tudo o que você deseja, você mata a sua capacidade de desejar. Se toda vez que você  sente vontade de fazer sexo, você faz, a sua vontade de desejar vai morrendo, então precisamos purificar a nossa capacidade de desejar. Ela está embotada, amarrada, embaçada, não está enxergando as coisas, portanto, não deseja as coisas. É por isso que somos gente deprimida, tão para baixo, jovem que tem tudo para ser energia, para ser vida, é todo desanimado. Existem os momentos de euforia provocados por sexo, drogas, álcool, rock, em que se faz tudo o que se deseja e depois que fez tudo o que deseja, vem aquele longo momento de depressão, fica-se a semana deprimido, esperando o sábado à noite, injeta-se droga, bebe álcool, euforia novamente, depressão novamente... A sua capacidade de desejar vai morrendo. Quando mais sexo você faz, menos você é um homem capaz de desejar, menos será capaz de amar. Aqui é que está a dificuldade que temos de amar. 

Por isso é necessário a mortificação, renúncia, ascese.  

1º) Precisamos renunciar, abster-se. 

Não podemos dar tudo que nosso corpo quer. Quando vemos na tradição da Igreja que se ensina aos padres, aos seminaristas, que é necessário renúncia, ascese, não estamos falando de coisa do passado, estamos falando de algo que nos ressuscita, que ressuscita a nossa capacidade de amar. Se masturbe trezentas vezes seguidas e veja o que sobrou de sua capacidade de amar. A masturbação mata a nossa capacidade de amar. A pornografia mata a nossa capacidade de amar.  E como vamos nos livrar da pornografia, da masturbação e de tudo aquilo que mata a nossa capacidade de amar? Através de uma vida ascética. É necessário começar a negar ao seu corpo o que ele deseja. Se você mora em algum seminário em que o reitor já ensinou você a ser asceta, a fazer jejum, abstinência, levante os braços para o céu e agradeça a Deus, pois a maior parte dos seminaristas nunca ouviu isto. E se por acaso ouviram, ouviram de uma forma que não atrai e que não explica o porquê. Ascese é ressurreição. O jejum é ressurreição. É maravilhoso por que ressuscita a minha capacidade de amar. Os Padres da Igreja nos ensinam. Só existe celibato com ascese – esta é uma verdade de nossos dois mil anos de Igreja. Precisamos reaprender isto porque principalmente nós, da geração do agora, por que tudo que queremos é para agora, tudo deve ser feito, principalmente nós precisamos da ascese. Aqui vem um problema: se você faz ascese hoje é uma coisa. Você precisa adotar um estilo de vida ascético. Você não está querendo ser casto hoje, você está querendo ser celibatário o resto da vida. Como diz Jesus: "Se você vai entrar na batalha, calcula o teu exército. Você vai enfrentar uma batalha e o cara que vem tem 20.000 homens, então, trate de arranjar o teu exército." Esta história não dá certo se você não tiver um estilo de vida ascética. A teologia da libertação anda dizendo por aí o seguinte: o padre tem que ser como o povo, fazer o que o povo faz, andar onde o povo anda, chinelo de dedo – festa, chopp, noitadas, dança. Se você for igual ao povo você vai terminar igual ao povo. O povo não é celibatário meu irmão! Você tem que, como padre, viver uma vida de padre. E não estou dizendo isto porque quero clericalizar o padre, estou dizendo que é preciso viver como padre e a sua vida deve ser diferente da vida do povo, por que fazendo tudo o que todo mundo faz e ainda querer ser celibatário é patético. Isto não existe, é contraditório. Você deve ser um asceta. Uma grande crítica que nossos irmãos do Oriente nos fazem – o patriarca Bartolomeu I, patriarca de Constantinopla disse: Uma das reclamações que o Oriente Cristão tem para com o Ocidente Cristão é a seguinte: "Os celibatários no Oriente tem que viver um tipo de vida ascética que não é exatamente de um monge como se entende no ocidente, mas que chamamos de ascese monástica, porque se o padre se propôs a ser celibatários, não pode viver como todos os demais. Se queremos viver o carisma do celibato, temos de agir, e este agir é uma vida ascética. Portanto,  não é de admirar que no Brasil se veja tantos padres que já não vivem mais o celibato, ou vivem cambaleando. E aí, vemos estes fenômenos 
maravilhosos: "O fulano depois de 8 meses de ordenado, já está apaixonado, se junta e deixa o ministério. Tudo isto vem desta ideologia perversa:  O padre tem que ser igual ao povo!" Transformaram o que diz a Carta aos Hebreus, "o sacerdote é retirado do meio do povo", em "o padre tem que ser igual ao povo"! O padre não pode ser igual, tem que viver uma vida ascética. Jejum é para nós, é para todo mundo, mas especialmente para nós. Abstinência de carne é especialmente para nós. Controle da nossa visão. Os seminaristas de Cuiabá sabem como eu sou claro: televisão não é coisa para nós! Lá só assistimos o jornal. E isto infelizmente, porque, se eu tivesse acesso ao coração dos outros, seria diferente. Não vou impor nada aos seminaristas, mas se pudesse, cortaria esta bobagem de filme – ah, o filme da semana, vamos lá, é cultura! Você vai lá, começa com cultura e termina na cama e aquelas imagens ficam gravadas para o resto da vida em sua cabeça. É tudo muito cultural! Não podemos ficar por fora não! Televisão não é para nós. 
É claro que existem filmes bons! É preciso saber escolhê-los! Não podemos ficar olhando qualquer coisa, assistindo qualquer coisa! Isto não é um cavalo de batalha! Ah isto é bobagem, ideologia do Padre Jonas, da Canção Nova! Nós de forma especial, não podemos! Ah mas a menina não aparece nua! É pior do que nua, porque a imaginação voa! Precisamos viver uma vida ascética, ela nos ressuscita. Tudo aquilo que é cruz traz 
ressurreição. Isto é muito prático. Não é coisa de padre celibatário ficar por aí em festa, altas horas da noite, em ambientes onde a coisa é explicitamente lasciva. Você não está fazendo sexo com ninguém, mas fica a cervejinha rodando, aquela conversinha besta, a menininha lá na tua frente. Se você não vai comer não manuseie o cardápio. Precisamos ter uma vida reservada, não porque somos melhores do que os outros, mas porque estamos nos propondo uma vida diferente da dos outros. Precisamos de ascese. Não tenham medo de vigília, de fazer penitência, de acordar de madrugada, de fazer caminhada, não tenham medo de deixar de 
comer doces, não tenham medo de fazer todo tipo de ascese que pensarem, imaginarem e que não prejudique a saúde de vocês. Mas cuidado, pois isto também pode ser uma mentira do demônio –  "Ah, se você fizer isto, vai prejudicar sua saúde!" Eu, desde a quaresma do ano passado, decidi que não quero mais comer carne! Estou  aqui inteiro e vivo, e ainda engordei cinco quilos. É claro que não devemos exagerar. Precisamos limpar a nossa capacidade de desejar. Agora, limpada a nossa capacidade de desejar, temos que começar a desejar as coisas certas.  

2º) - Quem o padre diocesano deve amar? O padre diocesano tem uma realidade muito 
concreta que é o tripé do seu celibato: 1)O amor a Deus através da vida de oração – a oração é como uma hemodiálise, precisamos rezar, uma oração onde muito mais que falar, precisamos ouvir a palavra de Deus – Lectio Divina; a Igreja coloca em nossas mãos um instrumento abençoado chamado Liturgia das Horas – a oração, quando é distribuída durante o dia, em horários precisos, tem o seu papel a cumprir; o padre tem que realmente amar a Deus naquilo que ele faz e a desgraça das desgraças é que os padres, quando celebram os sacramentos esquecem que eles tem que rezar; quando o padre vira um leitor de missal, tudo está acabado; quando celebramos os sacramentos, este ato é oração para nós também, portanto, que seja bem celebrado, externando  o amor a Deus;

2) A  caridade pastoral, o  amor ao povo de Deus. É preciso amar o que fazemos, amar as pessoas, apiedar-se do povo, ter compaixão do povo, amar o povo. Que coisa horrorosa, onde é que arranjaram tanto padre mal humorado para maltratar o povo? Precisamos amar as pessoas que nós atendemos, com o coração de Cristo. Porque não são capazes de amar? Porque sua capacidade de amar está embotada. Não fazem ascese, não rezam, então a capacidade de amar desaparece. É verdade que todo o amor é também crucifixão. Você precisa, porém, sacrificar-se pelo povo. Saber dar a sua dose de sacrifício pelo povo: amá-los, dar atenção, carinho. Saiba dizer um não com um sorriso nos lábios. Saiba dizer um não com atenção, explicando as razões e não um não com um chute no traseiro. Depois nos admiramos quando as Igrejas evangélicas ficam lotadas. Os que mais falam do povo, são os que menos amam o povo. E ainda por cima, enfatizamos muito o dízimo. Porque as pessoas não pagam o dízimo? Porque as pessoas só dão dinheiro quando veem serviço. Se o padre não as serve, as pessoas não pagam. Esta é uma lei básica do consumidor. Muitos reclamam: o povo não paga o dízimo, mas vive mandando dinheiro para a Canção Nova! Por quê? Porque eles ligam a televisão e se sentem servidos. Eles recebem alguma coisa. Ir à Igreja para ver um padre mal humorado que  só  sabe  reclamar  da  vida  e  ainda  pagar  o 
dízimo? Pode esquecer! Amar o povo, pois esta é a nossa salvação! A salvação do pastor é ser pastor, é amar as ovelhas! Nos santificamos no amor pastoral. 

3) A fraternidade presbiteral. 

Por que é que os padres não se sentem irmãos? Isto faz parte do ser do sacerdote. Eu não sei em que período da história da Igreja o diabo inventou a mentira maldita de que padre diocesano não pode viver em comunidade. Esta é uma mentira maldita! Esta história de clero diocesano morando sozinho é sinônimo de perigo para a nossa conversão e para o nosso celibato. Admiro profundamente os padres que vivem isto e vivem de modo equilibrado mas, nós não podemos exigir este heroísmo e esta capacidade de todos. Mas, voltando a pergunta: 
Por que é que os padres não se sentem irmãos? Ninguém é irmão, ninguém se sente irmão se não tem pai. A gente só se sente irmão quando tem um pai comum. Se você tem um pai que congrega os irmãos, você se sente irmão. Nas famílias em que morre o pai e a mãe, os irmãos se dispersam. Vejo em minha casa, vou sempre lá nos finais de semana, mas nunca vou na casa das minhas irmãs. Nós sempre nos reunimos como irmãos ao redor dos pais. Agora, os bispos têm complexo de autoridade e não querem ser pais. Não querem amar os seus padres. Os bispos precisam amar os seus padres: amar dizendo não, amar dizendo sim. Amar consolando, amar corrigindo. Ser pai de verdade. A orfandade começou dentro da Igreja para os padres quando se começou a reunir padres sem um pai. Os religiosos funcionam se souberem se inserir, enquanto padres, na diocese, e ter o bispo como pai. Eles não tem, enquanto religiosos, um pai próprio, o pai deles é o bispo diocesano. O que eles tem é o irmão de turno que é eleito para assumir a função de direção – o provincial. Pai não se elege, pai a gente recebe. Nós precisamos ser irmãos ao redor de um pai e nos amar como irmãos. Portanto, saber provocar reuniões, pontos de encontro, em que gastemos o tempo com os nossos irmãos padres. 
Amamos quando gastamos tempo com a pessoa. Esta realidade não começa no clero, começa no seminário. Começa nessa fábrica de gente individualista chamada seminário. Por isso,  digo a vocês: "Comecem no seminário. No reitor vocês tem um pai, que vocês receberam, não escolheram. Aprendam a amá-lo. Ah mas o meu reitor é seco como farinha! Meu irmão, água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Cative o seu reitor, mas não você individualmente para ser puxa-saco dele. Junte o seu grupo do seminário e juntos queiram bem o reitor como pessoa. Ele é gente, precisa de amor, precisa de carinho. A carapaça toda da  autoridade é porque vê no seminarista alguém que vai solapar, questionar a autoridade dele. O amor é capaz de remover montanhas. O amor é capaz de transformar os corações mais insensíveis quando a pessoa se sente amada. Quando forem padre, amem o bispo de vocês, gastem tempo amando o bispo de vocês. Se ele não se sente pai é porque ninguém se sente filho dele. Se você for com a atitude filial e se sentir filho e se demonstrar filho, ele começa a se sentir pai. Não fique esperando ser amado. Ame! Estes são os três pontos para o nosso celibato: amor a Deus, amor pastoral e amor no presbitério (não existe presbitério sem bispo, portanto, amor aos padres e ao bispo). São os três lugares privilegiados nos quais precisamos amar.


terça-feira, 24 de maio de 2011

EVANGELIZASHOW!

Show com Janu e o conjunto Adonai - Em novembro de 2011, às 21:00 hs, no salão paroquial da igreja Matriz de São Judas Tadeu teremos um super show com Janu e o Ministério de música Adonai, em prol da reforma da escola paroquial. AGUARDEM!!!
O ingresso antecipado custará R$ 15,00 (quinze) reais. Será um momento fé, descontração, religiosidade, num ambiente familiar.
Aguardem!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

PALAVRA DE VIDA - MAIO DE 2.011

"Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!” (Mt 22,37).






A discussão sobre qual seria o primeiro dentre os muitos mandamentos das Escrituras era um tema clássico nas escolas rabínicas no tempo de Jesus. Considerado um mestre, Jesus não se esquiva da pergunta que lhe dirigem a respeito: “Qual é o maior mandamento da lei?“ Ele responde de maneira original, unindo amor a Deus e amor ao próximo. Seus discípulos jamais poderão dissociar esses dois amores, assim como numa árvore não se pode separar a raiz da copa: quanto mais eles amarem a Deus, tanto mais intensificarão o amor aos irmãos e às irmãs; quanto mais amarem os irmãos e as irmãs, tanto mais aprofundarão o amor a Deus.Mais do que ninguém, Jesus sabe quem é realmente o Deus que devemos amar e sabe como deve ser amado: Ele é seu Pai e nosso Pai, seu Deus e nosso Deus (Jo 20, 17). É um Deus que ama a cada um pessoalmente, ama a mim, ama a você: é meu Deus, seu Deus (“Amarás o Senhor, teu Deus”).E nós podemos amá-lo porque Ele nos amou primeiro: o amor que nos é preceituado é, portanto, uma resposta ao Amor. Podemos dirigir-nos a Deus com a mesma confidência e confiança que Jesus tinha quando o chamava de Abbá, Pai. Assim como Jesus, também nós podemos falar frequentemente com Ele, expondo-lhe todas as nossas necessidades, os propósitos, os projetos, reafirmando-lhe nosso amor exclusivo. Também nós esperamos com impaciência o momento de nos colocarmos em contato profundo com Ele mediante a oração, que é diálogo, comunhão, relação intensa de amizade. Nesses momentos podemos dar vazão ao nosso amor: adorar a Deus por trás da criação; glorificá-lo presente em todo lugar, no universo inteiro; louvá-lo no fundo do nosso coração ou nos sacrários, onde Ele se encontra vivo; pensar Nele no lugar onde estamos, no quarto, no trabalho, no escritório, quando encontramos outras pessoas…


“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!”


Jesus nos ensina também outro modo de amar o Senhor Deus. Para Jesus, amar significou cumprir a vontade do Pai, colocando à disposição o entendimento, o coração, as energias, a própria vida: Ele entregou-se completamente ao projeto que o Pai lhe tinha reservado. O Evangelho nos apresenta Jesus sempre e totalmente voltado para o Pai (Jo 1, 18), sempre no Pai, sempre preocupado em dizer somente aquilo que tinha ouvido do Pai, a cumprir unicamente o que o Pai lhe mandara fazer. Também a nós Ele pede a mesma coisa; amar significa fazer a vontade do Amado, sem meios-termos, com todo o nosso ser: “… com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento”. Porque o amor não é apenas um sentimento. “Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo?” (Lc 6, 46), pergunta Jesus a quem o ama somente com as palavras.

“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!”



Como, então, podemos viver esse mandamento de Jesus? Sem dúvida, mantendo com Deus uma relação filial e de amizade, mas, acima de tudo, fazendo o que Ele quer. Nossa atitude diante de Deus, como a atitude de Jesus, será: estarmos sempre voltados para o Pai, à sua escuta, na obediência, para realizar a obra Dele, somente ela e nada mais. Nisso nos é solicitado o maior radicalismo, porque não se pode dar a Deus menos do que tudo: todo o coração, toda a alma, todo o entendimento. E isso significa fazer bem, integralmente, aquela determinada ação que Ele nos pede.Para vivermos sua vontade e nos amoldarmos a ela, muitas vezes será necessário queimar nossa vontade, sacrificando tudo o que temos no coração ou na mente, mas que não diz respeito ao momento presente. Pode ser uma idéia, um sentimento, um pensamento, um desejo, uma lembrança, um objeto, uma pessoa…Assim nos projetamos unicamente naquilo que devemos fazer no momento presente. Falar, telefonar, escutar, ajudar, estudar, rezar, comer, dormir, viver a vontade Dele sem ficar divagando; realizar ações completas, límpidas, perfeitas, com todo o coração, a vida, o entendimento; ter como único estímulo de cada ação o amor, a ponto de dizer, em cada momento do dia: “Sim, meu Deus, nesse instante, nessa ação, eu te amei com todo o coração, com todo o meu ser”. Só assim poderemos dizer que amamos a Deus, que retribuímos o seu “ser Amor para conosco”. 

“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua vida e com todo o teu entendimento!” 

Para viver esta Palavra de Vida, será útil nos analisarmos, de tempos em tempos, para ver se Deus realmente ocupa o primeiro lugar em nossa alma.Para concluir, o que devemos fazer neste mês? Escolher novamente Deus como único ideal, como o tudo de nossa vida, recolocando-o no primeiro lugar, vivendo com perfeição sua vontade,(será aqui?) no momento presente. Devemos poder dizer-lhe sinceramente: “Meu Deus e meu tudo”; “Eu te amo”; “Sou inteiramente teu, inteiramente tua”; “És Deus, és meu Deus, o nosso Deus de amor infinito!” 
Chiara Lubich ("In Memorian")

LIVROS E FILMES INDICADOS

  • "A cura pela missa" - Robert Degrandis, ssj - Edições Loyola
  • "A luta contra a depressão" - Prof Felipe Aquino - Ed. Léofas
  • "A luta pessoal para resolver os problemas da vida íntima" - Pe. Jonas Abib - Editora Canção Nova
  • "Ao Deus da minha juventude" - Retiro individual para jovens e adolescentes - José Fernandes de Oliveira - (Pe. Zezinho, scj) - Edições Paulinas
  • "Aprendendo a orar" - Francisco Jálics - Edições Paulinas
  • "Autoestima" - Como aprender a gostar de si mesmo - Nathaniel Brandes - Ed. Saraiva
  • "Buscai as coisas do alto" - Pe. Léo, SCJ - Ed. Canção Nova
  • "Caminhando na Luz" - Ann Ross Fitch e Pe. Paul Robert DeGrandis, S.S.J. - Raboni Editora
  • "Comunicação e liturgia na comunidade e na mídia" - Helena Corazza - Ed. Paulinas
  • "Cura Interior" - pe. Léo, sjc - Edições Loyola
  • "Emprego e Espiritualidade" - João Elias - Ed. Palavra e Prece -Nessa obra, o autor nos aponta excelentes estratégias para manter ou Conquistar um Novo Emprego sob a égide da FÉ em Jesus Cristo. Um livro abençoado e que vale a pena ler!
  • "Homens e mulheres restaurados" - Pe. Léo, scj - Editora Canção Nova
  • "Jesus está Vivo" - Emiliano Tardif e José Prado Flores - Edições "Louva a Deus"
  • "Jesus, o maior psicólogo que já existiu" - Como os ensinamentos de Cristo podem nos ajudar a resolver os problemas do cotidiano e aumentar nossa saúde emocional - Mark W. Baker - Ed. Sextante
  • "Livre...pelo poder de Deus!" - Ir. Maria Nellie Guimarães - Raboni Editora
  • "Ministério de cura para leigos" - Robert Degrandis, ssj - Edições Loyola
  • "Na trilha da cura" - Pe. Léo, scj - Editora Canção Nova
  • "Oração de Amorização" - A Cura do Coração - Pe. Alírio J. Pedrini, scj - Edições Loyola
  • "Temperamentos transformados" - Tim LaHaye - Editora Mundo Cristão

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