A festa da Exaltação à Santa Cruz e a memória de Nossa Senhora das Dores é celebrada, respectivamente, nos dias 14 e 15 de setembro. Surgiu no ano 355, por ocasião da inauguração de duas grandes basílicas na cidade de Jerusalém: a do Calvário e a do Santo Sepulcro. O imperador Constantino foi quem ordenou a construção.
A cruz é o maior símbolo da fé cristã, do grande amor de Deus para conosco. É a celebração do Cristo que venceu o pecado, a morte e o demônio. Jesus Cristo doou-se por inteiro e morreu de forma vil, reservado somente aos párias da sua época: pregado numa cruz. De forma cruel, desumana e servil. No entanto, um gesto de amor integral, dedicação plena e redenção total dos males da humanidade.
A Virgem Maria, mãe do Salvador, “é saudada como membro supereminente e absolutamente singular da Igreja, e também como seu protótipo e modelo acabado da mesma, na fé e na caridade” (LG 53). Ela é presença VIVA do amor incondicional de Deus para com a humanidade.
Por estar a cruz estreitamente ligada à Paixão de Cristo e a nossa salvação, é natural que rendemos glória à ela, exaltando-a, adorando-a para que lembremo-nos sempre que Cristo nos resgatou da morte e nos presenteou com a vida eterna. Não somos órfãos.
E quando se faz memória da Virgem Maria, Nossa Senhora das Dores, resgata-se a figura servil, dócil e humilde da mulher a quem Deus confiou a missão de ser a genitora do redentor e, por conseguinte, mãe amorosa da humanidade.
A cruz não pode ser uma imagem de dor, sofrimento ou de ecoração. Antes, nos faz recordar com alegria que temos um Deus, temos Jesus Cristo que morreu na cruz para nos redimir e através de Nossa Senhora das Dores que sofreu e a que mais conviveu com Cristo em todos os momentos de sua estada na Terra. Ela vem com seu fulgor celestial nos ensinar a sermos espelhos de Cristo, que a Cruz não é o fim e sim a Vitória do bem sobre o mal.
E Jesus Cristo nos ensinou que devemos carregar nossa cruz, não arrastá-la!
Santa Teresa D’Avila dizia: “A cruz que se carrega incomoda menos que a cruz que se arrasta”.
A festa da Exaltação à Santa Cruz e a memória a Nossa Senhora das Dores, seja um momento oportuno e rico para refletirmos se realmente estamos carregando com dignidade nossa cruz ou lamentando , reclamando o seu tamanho, estrutura. É um tempo propício para avaliarmos se estamos nos moldando à figura de Nossa Senhora das Dores ou se estamos apenas cumprindo preceitos.
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