"Encontrar Deus em Minsk não é fácil”, afirma Aleh Shenda. “As pessoas podem e querem viver a fé, mas faltam igrejas."
O bielorrusso de 34 anos é um dos 39 capuchinhos que vivem atualmente no país. Em 2008 ele foi ordenado sacerdote. Desde então o Padre Aleh atua na capital bielorrussa. Ali ele se dedica a cerca de 1.500 fiéis, entre eles muitos jovens católicos. Aumenta o anseio por respostas que transcendem o dia a dia. Mas para a assistência espiritual o capuchinho tem à sua disposição uma pequena capela. Sua Ordem quer construir um convento. É verdade que até agora as autoridades não deram ainda a autorização para a construção, mas o Pe. Aleh está confiante. Em breve vamos poder começar a construir.”
Na cidade de Molodechno houve maiores avanços. Lá eles possuem um convento com capela e Centro Pastoral. O trabalho com a juventude floresce. No verão, 200 crianças e 40 jovens participam do acampamento de férias. Mas agora foi interrompido o acabamento da capela que, devido ao afluxo de fiéis, deveria tornar-se uma igreja. Novas despesas e aumento de preços consumiram os recursos. Os capuchinhos não querem desistir. “As pessoas contam conosco.” O Padre Aleh explica: “Bielorrússia é um país bonito, mas tem problemas graves: muita gente está empregada nas empresas públicas, fora disso não existe grande coisa.” Os altos índices de divórcios, abortos e suicídios demonstraram que na Bielorrússia algo não funciona. Justamente muitos jovens estão à procura de um verdadeiro sentido na vida. “Eles buscam a fé e se dirigem à Igreja.” Aqui eles encontram a fé. “Deus está aqui, mas para essa busca precisamos de ambientes de recolhimento, de oração, de encontro.”
O próprio Padre Aleh Shenda pertence a essa geração de jovens que procuram um ideal, após a queda da União Soviética. Essa procura pessoal acabou enfim conduzindo à fé o jovem Aleh, cujos pais não estavam absolutamente interessados em religião. Tudo isso não foi um processo continuo, mas uma aproximação, que foi acontecendo por anos a fio, como lembra o capuchinho. Sem que ele o suspeitasse, seu irmão mais velho, Yury, apresentava questionamentos semelhantes. Assim como Aleh, também ele encontrou a fé e descobriu sua vocação sacerdotal. Hoje, Yury é dominicano.
O exemplo desses irmãos não é atípico. Apesar das restrições, a Igreja católica na Bielorrússia, à qual pertencem 1,5 milhões de pessoas e que se organiza em quatro dioceses com 619 paróquias, continua renascendo até hoje: igrejas estão sendo reformadas e a demonstração pública da fé – como, por exemplo, em procissões – é possível. O Estado também vê com bons olhos o empenho social da Igreja, pois alivia seu ônus. A Ajuda à Igreja que Sofre apoiou as mais variadas iniciativas pastorais na Bielorrússia nos últimos anos, entre as quais hoje a construção da igreja em Molodechno. Naturalmente com certas precauções, por causa da situação política; mas a ação é possível. Os caminhos de Deus são maravilhosos. Os irmãos Shenda o demonstram com a própria vida. Agora eles e seus irmãos confiam na ajuda de vocês.
FONTE: http://www.ais.org.br
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