Prezados leitores,
O mês de novembro marca, para nós católicos, uma data importante que chamamos de Finados, dia dos Fiéis Defuntos (dia dos nossos mortos). Neste dia todos nós nos lembramos com carinho e saudade dos nossos entes queridos, que já partiram deste mundo para a casa do Pai.
O Dia dos Fiéis Defuntos é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de Todos os Santos. Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigavam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jo 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.
O catolicismo nos ensina que diante da morte não devemos nos desesperar, mas sim acreditar na Ressurreição, na qual todos nós nos transfiguraremos espiritualmente. Na verdade não celebramos a morte, mas a vida, pois Cristo já pagou um preço muito caro pelo nosso resgate, quando estávamos sujeitos a morte eterna, nossa dívida , desde nossos primeiros pais : Adão e Eva.
Diante da humilhação da morte e da tristeza que nos causa, precisamos nos apoiar na Ressurreição como uma vitória já alcançada, uma vez por todas. Mesmo que nos entristeçamos por algum tempo, é em Cristo que a nossa força se apóia para recomeçarmos sempre.
A nossa crença em Cristo nos fortalece e nos torna capazes de recomeçarmos, mesmo quando tudo nos parece perdido e sem sentido. A fé é um dom de Deus e norteia nossos caminhos rumo a Ele. A Igreja, neste sentido, tem a finalidade de nos orientar nestes momentos difíceis, na perda de um ente querido. Assim sendo, torna-se necessário uma convivência harmoniosa com nossos mortos, não como algo misterioso, intransponível no qual nunca se alcance uma explicação plausível. A morte quer apenas nos lembrar que não somos daqui e que por isso mesmo precisamos nos ligar mais a Deus, nosso único Porto Seguro, nossa única certeza.
Desejo a todos um Bom feriado de Finados, mas na certeza de que nossa consciência deva estar voltada sempre para Deus que tudo faz por nós. Agradeço a Ele todos os entes queridos que tive a oportunidade de conviver e que já partiram, em especial meus pais. Que nossos irmãos na glória eterna intercedam por nós junto a Deus.
Deus abençoe a todos!
Pe. Alcides Ribeiro Filho, O. Praem.
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